Angola tem concretizado uma agenda reformista ambiciosa ao longo dos últimos anos, nomeadamente no que respeita aos objectivos da diversificação económica e reforma do Estado. Quem o diz é o Primeiro-ministro português, António Costa, que está de visita oficial ao país.
“Portugal está disponível e comprometido com estes esforços angolanos. A relação entre Portugal e Angola é solida e foi já provada nos momentos difíceis que cada um dos nossos países atravessou”, sublinhou António Costa esta manhã.
Por outro lado, o chefe do Governo português realçou que as empresas portuguesas nunca deixaram Angola, mesmo nos momentos mais desafiantes e têm dado um contributo para a diversificação da economia angolana e para a capacitação e formação de muitos cidadãos angolanos.
“Portugal não esquece como Angola acolheu tantas e tantos portugueses nos momentos mais difíceis das crises económicas que enfrentámos. Há empresas que aqui reencontraram mercados e oportunidades de prosseguirem a sua laboração, o que significa que a boa relação e o estreitamento das relações entre os dois países são de interesse mútuo com uma história demonstrada, desde a independência de Angola”, reforçou.
António Costa elogiou o Governo angolano em relação ao pagamento das dívidas às empresas portuguesas. Desde 2022, sustentou, foram dados passos importantes que importa prosseguir para que as empresas possam continuar a contribuir para a diversificação da economia, devidamente capitalizada.
“Portugal está empenhado em continuar a melhorar e a agilizar os procedimentos na área consular. Há progressos é preciso registar, mas ainda aquém daquilo que é a ambição do Acordo de Mobilidade da CPLP, que visa garantir uma efectiva liberdade da circulação entre todos aqueles que são nacionais dos países desta comunidade”, lamentou.