O combate à pirataria esteve nesta Terça-feira, 15, em debate numa Mesa Redonda, em Luanda, que serviu para compreender o contexto global e local de um crime, que segundo especialistas, vem ganhando grandes proporções nos últimos anos em todo país.
De acordo com os dados avançados pelo chefe do Departamento de Investigação Técnica e Peritagem do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Francisco Policarpo Pedro, em 2021, o país registou um total de 1.090 denúncias de crimes informáticos, sendo que quase metade (540), foram da província de Luanda.
Por outro lado, revelou também que até Outubro do mesmo ano foram encerrados quatro centros de distribuição ilegal de sinal de televisão por assinatura, cortadas 600 ligações domésticas, tendo sido efectuadas várias detenções de suspeitos de pirataria, que aguardam neste momento julgamento.
Francisco Policarpo alertou, durante a sua intervenção no evento, que se os espectadores continuarem a roubar conteúdos, “então os fornecedores de conteúdos legítimos são minados”. “Se eles não saírem do negócio, o povo angolano será roubado do seu direito a conteúdos e entretenimento de qualidade”, referiu.
De acordo com a MultiChoice, empresa que fez parte da Mesa redonda, em África, não são apenas os indivíduos que praticam actos de pirataria de conteúdos, pois, avança, o negócio malicioso envolve também grandes organizações, que partilham conteúdos sem pagar taxas de licença aos criadores, detentores de licenças e distribuidores.




