Angola defende e apoia a candidatura de Botswana no Secretariado Permanente do Processo Kimberley, actualmente a cargo da Rússia, que a assumiu em 2019, segundo avançou esta semana à impresnsa o secretário executivo da Comissão Nacional do Processo Kimberley, Estanislau Buio.
Falando no final do seminário de actualização de conhecimentos sobre o andamento do Processo Kimberley e o seu funcionamento, a partir do olhar sobre o Plano Geral do Governo de Angola, promovido pela Associação de Jornalistas Económicos (AJECO), justificou o apoio do país com o facto de a iniciativa da criação deste instrumento [Processo Kimberley] ter surgido em África.
A FORBES apurou que, além do Botwana, concorrem para a sucessão da Rússia na liderança do Secretariado Permanente do Processo de Kimberley, a Áustria e a China.
O responsável perspectiva que a presidência de Botswana será boa para os países africanos, continente em que nasceu também o Sistema de Certificação do Processo Kimberley, propriamente na cidade de Kimberley (África do Sul), dai a sua designação.
Estanislau Buio garante que Angola tem dado uma “grande” contribuição no Processo kimberley e vai que vai trabalhar com outros parceiros do Sistema de Certificação para que Botswana assuma a presidência. “Vai-se repor, no fundo, a legalidade. Os problemas africanos que sejam tratados em África, para que possamos encontrar as possíveis soluções dos vários problemas que oenfrentamos”, sublinhou.
O Processo Kimberley, que conta com um total de 83 países-membros, tem como objectivo certificar os diamantes vendidos em todo o mundo, garantindo que não sejam provenientes de zonas em conflito armado, os conhecidos “diamantes de sangue”. Angola é membro desde 2003, tendo exercido já a vice-presidência em 2014 e a presidência em 2015.