O Presidente angolano, João Lourenço, disse esta Terça-feira, 03, em Luanda, que o seu país pretende trabalhar com os Estados Unidos da América na alteração do investimento directo americano para Angola.
Falando na Reunião Bilateral no Salão Nobre da Cidade Alta, com o seu homologo norte-americano, Joe Biden, João Lourenço referiu ainda que quer contar com o apoio do Governo norte-americano na abertura de oportunidades de comércio e negócios dos investidores angolanos no mercado americano.
“Gostaríamos de ver incrementada a cooperação no sector de defesa e segurança, no acesso às escolas e academias militares, no treino militarem Angola, realizar mais exercícios militares conjuntos, cooperar mais nos programas de segurança marítima para a protecção do Golfo da Guine e do Atlântico Sul, assim como no programa de reequipamento e modernização das Forças Armadas Angolanas”, manifestou o chefe de estado angolano.
O Presidente angolano pediu ainda o envolvimento dos investidores americanos na construção das vias de transportação de energia em alta tensão em regime de parcerias público-privadas para os países da África Austral, nomeadamente toda a região de Copperbelt, na Zâmbia, e a RDC, bem como para a Namibia, conectando a rede eléctrica dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
“Importantes projectos de investimento público estão em curso com o financiamento do Eximbank americano, do CITI Capital e a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional DFC, com empresas americanas como a SUN África, a Africell, a Mayfair Energy, a Acrow Bridge, a GATES Air entre outras, sem falar das petrolíferas CHEVRON e ESSO que estão em Angola há várias décadas, assim como inúmeras empresas americanas prestadoras de serviços no ramo petrolífero”, sublinhou.
Com a empresa Amer-Con, prosseguiu, “estamos a trabalhar na construção de silos de grãos e pontos de recolha em plataformas e parques ao longo do Corredor do Lobito e de outros pontos considerados potenciais celeiros do país, no quadro da segurança alimentar”.
“No sector da Saúde, com a USAID, a GAVI e o Fundo Global, segundo João Lourenço, o país tem beneficiado bastante dos programas de combate à malária, à tuberculose, ao VIH-SIDA, à Covid-19, assim como do programa de cirurgia robótica que começa a ser uma realidade em Angola, em parceria com um renomado Hospital de Orlando”, assegurou.
O projecto ANGOSAT 2, recordou, trabalha com a NASA e a Maxar na aquisição de imagens
satélite de alta resolução para a monitorização das calamidades naturais, nomeadamente na implementação do nosso Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola PCESSA.
“O país está no processo de aquisição de seis aeronaves BOEING 787 Dreamliner, cujas
primeiras entregas acontecem já no início do próximo ano de 2025. Estamos também a trabalhar com a empresa americana WICKS Group Consulting para a ascensão de Angola para a Categoria 1 da Administração Federal da Aviação, o que poderá ficar facilitado com a entrada em funcionamento pleno do Aeroporto Internacional António Agostinho Neto”, ressaltou.