Angola estima para 2022 uma produção média anual de 1,147 milhões de barris de petróleo por dia, ligeiramente acima das previsões do no ano passado, na ordem dos 1,130 milhões barris.
As estimativas foram avançadas esta semana pelo presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulino Jerónimo, que indicou que Angola tem produzido acima de 1,2 milhões de barris/dia nos últimos 15 dias, e que a média de produção diária, desde o início do ano, é de 1,173 milhões barris.
O responsável da ANPG falava em Luanda, durante um encontro com jornalistas, que assinalou a abertura das Jornadas do Mineiro, onde estiveram presentes os responsáveis dos principais departamentos governamentais ligados ao petróleo, gás e recursos minerais.
Questionado sobre o encaixe financeiro obtido com a venda das participações da Sonangol em oito blocos e cujos vencedores foram selecionados na semana passada, o presidente da petrolífera estatal angolana, Sebastião Gaspar Martins, presente no acto, indicou que o valor não está fechado mas devera ficar acima dos 400 mil dólares.
O líder da Sonangol admitiu ainda recorrer a uma nova estratégia para avançar com o projecto da refinaria do Lobito, embora o executivo angolano não tenha ainda encontrado um parceiro.
“Neste momento estamos a ver com que entidades vamos constituir o consórcio e accionista, mas temos a intenção de avançar com o projecto, ainda que com fundos iniciais da Sonangol. A decisão está tomada e esta refinaria vai para a frente”, garantiu.
Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino Azevedo, destacou a forma como a Sonangol se está a adaptar à transição energética sublinhando que a petrolífera angolana está já envolvida em projectos de energia solar (com as multinacionais italiana Eni e a francesa Total) e de hidrogénio, juntamente com empresas alemãs.