Angola necessita aumentar significativamente o financiamento das prioridades do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), alinhadas com os Objectivos de desenvolvimento Sustentáveis (ODS), considera coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani.
“Deve ser adoptada uma estratégia de financiamento integrada para definir acções concretas para mobilizar recursos para o PDN e os ODS, incluindo o sector privado”, disse Zahira Virani, durante o acto de apresentação do estudo e lançamento do trabalho de preparação do “Relatório Nacional Voluntario – Acelerando os ODS em Angola”, realizado esta Terça-feira, em Luanda.
O estudo, de acordo com a responsável, pretende ser uma ferramenta inovadora para avaliar e monitorar o progresso rumo aos ODS e identificar soluções inovadoras, para acelerar este caminho.
“E representa um bom exemplo de parceria estrita entre a ONU e o Governo angolano, fornecendo apoio técnico e capacitação na utilização e apropriação nacional de uma ferramenta útil pata o processo de avaliação”, acrescentou.
O secretário de Estado para o Planeamento, Luís Epalanga, fez saber que o estudo permitiu identificar formas de direccionar o investimento para áreas que podem acelerar os ODS em Angola, sublinhando a educação, saúde, saneamento básico, protecção social, género, agricultura, água e electricidade.
“Uma vez direccionado o investimento sobre essas áreas poderíamos acelerar a implementação dos ODS em Angola”, disse Luís Epalanga,
Admitiu ainda que o país tem desafios, assegurando que o Governo está a desenvolver acções para acelerar a implementação de muitos objectivos, fundamentalmente os relacionados com a segurança alimentar, a pobreza e com o desenvolvimento do capital humano.
Segundo ainda o estudo, Angola deve acelerar os investimentos em oito áreas, como educação e saúde, para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que nesta altura alcançou apenas 25%.
O estudo “Acelerando os ODS em Angola” é resultado de um intenso trabalho técnico, realizado ao longos de mais de 18 meses, por uma equipa liderada pelo Ministério do Planeamento em conjunto com o Ministério das Finanças, e Instituto Nacional de Estatística (INE) com o apoio do Millenium Institute, coordenação técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e financiamento pelo UNICEF, WHO, UNFPA, PNUD e UNHCR.