“Angola é um país que não tem stock de cereais”, revelou esta semana, em Luanda, o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, ao abordar, durante uma “Conversa com Jornalistas”, o funcionamento da Reserva Estratégica Alimentar (REA) e da Central de Compras.
“Angola não funciona com stock de cereais, porque aquilo que nós somos capazes de produzir consumimo-lo na totalidade”, disse o governante, avançando que o país produz aproximadamente três milhões e meio de toneladas de milho por ano.
Para António de Assis, “esta quantidade é muito pouca”, perspectivando que “nós só vamos começar a respirar um bocado quando formos capazes de produzir acima de 10 milhões de toneladas de milho por ano”.
O ministro sublinhou ainda ser necessário considerar o consumo humano e o desenvolvimento da pecuária, dos animais. Por outro lado, defendeu que o país “deve procurar outras fontes e se organizar melhor”, para que a receita não seja única e exclusivamente dos petróleos.
“Até nos diamantes, neste momento, já estamos com dificuldades. Os preços caíram e não há grande aquisições a nível internacional. Então, temos que desenvolver o lado da agricultura”, apontou António de Assis.