A Associação das Empresas Prestadoras de Serviços da Indústria Petrolífera (AECIPA), numa parceria com a The BridgGlobal, que conta com o apoio institucional do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e da Sonangol, lançaram o programa “Criar”, com foco na concepção de oportunidades profissionais para jovens angolanos.
A apresentação do programa decorreu, nesta Terça-feira, 31 de Janeiro, em Luanda, durante a assinatura do memorando de entendimento entre a AECIPA e o Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTC).
No discurso de abertura da cerimónia, o presidente do conselho de administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse que o programa permitirá materializar uma das premissas definidas pelo Presidente da República de Angola, que passa por aumentar os níveis de empregabilidade de jovens recém-licenciados, uma missão que, defendeu, deve contar com a participação da indústria, através dos prestadores de serviços e membros da AECIPA.
“Precisamos deste importante requisito que mesmo nós [Sonangol] temos nos processos de recrutamento, que é um mínimo de experiência, e isto, às vezes, cria um impedimento para os nossos estudantes que sabemos que são bons, terminam as suas formações, e quando se pretendem colocar no mercado de trabalho deparam-se com isto”, considerou.
Sebastião Martins referiu ser satisfatório ver a indústria associar-se à iniciativa e decidir juntar-se à Sonangol e ao Ministério, no sentido de dotar os quadros de experiência profissional que lhe permita marcar os primeiros passos tão logo terminem a formação académica.
Por sua vez, o presidente da AECIPA, Bráulio de Brito, explicou que o programa é complemento do instrumento da iniciativa do governo angolano para a inserção de jovens na vida profissional e está em linha com as recomendações do Presidente da República angolana, João Manuel Gonçalves Lourenço.
Bráulio de Brito reforçou que a implementação do programa implica a existência de empresas dispostas a receber os estagiários, criando as condições para que “o estágio se traduza num suplemento de capacitação que aumenta as respectivas competências e promova a empregabilidade”.
Com o programa, garantiu, esperam envolver, “em primeira instância”, todas as empresas do sector da indústria angolana, desafiando-as para que, no mínimo, enquadrem dois recém-graduados num período de 12 a 18 meses. “Trazemos um programa prático e simples na sua execução, gestão e bastante competitivo em mercados financeiros”, assegurou.
O presidente da AECIPA acrescentou que, depois deste processo, cada uma das empresas deverá indicar um ou dois mentores que automaticamente se tornam integrantes do programa “Criar”, para assegurar que os estagiários sejam devidamente acompanhados e que possam obter os conhecimentos necessários e esperados, para o seu adequado crescimento profissional e consequentemente a integração no mercado de trabalho.
De realçar que a assinatura do referido memorando de entendimento foi testemunhada, entre outras individualidades, pelo ministro dos Recursos Mirais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo e uma representante da ministra do Ensino Superior Ciência e Inovação.
*Luzia dos Santos