Um projecto tecnológico denominado ‘Digital AO’ foi lançado esta Terça-feira, 18, em Luanda, Angola, e visa capacitar jovens dos Países-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) nos domínios das tecnologias de informação.
Inaugurado pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, o centro está localizado na zona dos CTT, distrito urbano do Rangel, e foi concebido como uma incubadora tecnológica. Aliás, a designação “Digital AO” surge mesmo com esse propósito, nomeadamente o de potenciar pequenas, médias e grandes empresas.
Assim, e após lançamento da infraestrutura tecnológica, o Presidente angolano considerou que o espaço vai servir para ajudar “mais facilmente” os jovens angolanos e de outras geografias a serem absorvidos pelo mercado de trabalho, mas também a desenvolverem os seus próprios negócios, serem independentes.
“A meu ver, este é o aspecto mais importante do que se consegue alcançar aqui com este centro”, sublinhou Lourenço, que prestava declarações à imprensa depois da inauguração do designado ‘Digital.AO’.
Para João Lourenço, já existe, no país, um projecto do género na província do Uíge, de menor dimensão, e pretende-se que, “sempre que possível”, se estendam projectos idênticos em outros pontos do país, numa dimensão regional.
Também apelou à juventude para o bom uso das tecnologias de informação e àqueles que fazem mau uso para se absterem dessas práticas. “Há quem as use bem, há quem as use mal, o nosso apelo é que as usem sempre bem”, referiu João Lourenço.
Entretanto, não deixou de exortar a quem faça mau uso destas plataformas a abster-se de tais práticas. “[Quem as use mal] é melhor que se abstenha das práticas que têm vindo a realizar até aqui e que utilizem esses instrumentos, esse conhecimento, que acabam por adquirir, ao serviço deles próprios, das suas famílias e da sociedade”.
Por sua vez, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, disse que a infraestrutura teve as suas obras iniciadas em 2016, entretanto, paralisadas por razões financeiras e retomadas em 2019, com recursos próprios do sector e do Tesouro.
Ao todo, a obra teve um custo final de construção e apetrechamento orçado em cerca de 1,3 mil milhões de kwanzas (2,1 milhões de euros). Manuel Homem sublinhou que o Digital.AO tem como objetivo facilitar a transformação de ideias inovadoras de jovens angolanos em negócios concretos e sustentáveis.