Mais de 500 mil dólares é o montante disponibilizado pelo Estado angolano para financiar o projecto de elaboração da história da luta de libertação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), uma inciativa da Fundação Amilcar Cabral (FAC).
Com uma equipa constituída por 13 historiadores de Angola, São Tomé e Príncipe e da Guiné-Bissau, faltando apenas os investigadores de Moçambique, o projecto está previsto para durar três anos, sendo que os membros estão a trabalhar há mais de seis meses na organização do trabalho.
“Só temos o financiamento inicial e vamos ter necessidade, com o tempo, de angariar, de recolher mais financiamentos para poder concluir o trabalho […] o início dos trabalhos é financiado pelo Presidente angolano, João Lourenço, em valores entre 500 mil e um milhão de dólares”, informou o presidente da FAC, Pedro Pires.
O também ex presidente de Cabo Verde assegurou que a iniciativa vem para dar sentido àquilo que os combatentes da liberdade da pátria fizeram, tendo considerado o projecto um “trabalho histórico de grande importância”.
A iniciativa prevê a publicação de três volumes da história sobre a luta de libertação nacional dos PALOP. O 1º deverá abarcar o período que vai dos meados do séc. XIX aos meados do séc. XX. O 2.º dedicado a luta armada propriamente dita, nas suas vertentes clandestina, armada e diplomática e o 3º dedicado à história da gestão das zonas libertadas pelos movimentos que conduziram a luta pela independência desses cinco países africanos, segundo a Lusa.