As exportações de petróleo bruto de Angola para a China caíram 59,4% nos primeiros nove meses deste ano, quando comparadas com o período homólogo de 2021, de acordo com dados oficiais chineses.
Este recuo integra a queda homóloga que as compras pela China de petróleo dos países africanos registaram de 22,6%, de Janeiro a Setembro de 2022, segundo dados da consultora S&P Global, que destacou a acelerada transição asiática para fornecedores na Rússia e Golfo Pérsico.
“Esta queda reduziu ainda mais a participação de África no mercado de petróleo chinês, de 13,2%, no ano passado, para pouco mais de 10%, nos primeiros três trimestres de 2022”, acrescenta a consultora especializada no mercado energético, com base em dados das alfândegas chinesas e fontes da indústria
A S&P Global destaca que as refinarias chinesas do sector privado foram as que mais contribuíram para a diminuição das compras a África, devido aos preços mais atraentes não apenas da Rússia, mas também do Irão e da Venezuela.
Esta transição no mercado energético alarga-se à maioria do continente asiático, apesar de ser mais evidente no caso da China, que é o maior importador de crude do mundo, refere o relatório, citado pela Lusa.