Os dirigentes e técnicos de Angola e São Tomé e Príncipe iniciaram nesta Segunda-feira, 13, uma visita de quatro dias a Cabo Verde para conhecerem a experiência no desenvolvimento e gestão do Cadastro Social Único (CSU).
“São Tomé e Príncipe pretender beber da experiência de Cabo Verde. Viemos para troca de experiência”, afirmou aos jornalistas, na cidade da Praia, a ministra dos Direitos da Mulher são-tomense, Maria Milagre Delgado, que chefia a delegação, que iniciou a visita com um encontro com o ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social cabo-verdiano, Fernando Elísio Freire.
A governante são-tomense frisou que dirige um ministério novo, tutelando ainda a Inclusão Social, Solidariedade e Família, pelo que considerou que a visita a Cabo Verde é “importante” para recolher sugestões, estando já em perspectiva assinatura de acordos nesta área.
“Eu acho que nós vamos ganhar muito com a experiência sobre o cadastro. E nós também temos a nossa parte positiva, que nós vamos trazer para Cabo Verde”, prosseguiu, notando que a maior parte da população do seu país é de origem cabo-verdiana.
A delegação, acompanhada de técnicos do Banco Mundial, conta ainda com dirigentes angolanos, em representação do Ministério da Proteção Social daquele país, que até Quinta-feira, 16, vão realizar visitas e encontros à estruturas em Cabo Verde.
O CSU é uma medida do Governo de Cabo Verde, implementada desde 2018 em parceria com as Câmaras Municipais, que permite localizar e focalizar os potenciais beneficiários de programas de protecção social, tendo já mais de 81 mil famílias registadas em todos os 22 municípios do país.
Para o ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social de Cabo Verde, Fernando Elísio Freire, citado pela Lusa, o facto de esses dois países estarem a conhecer a experiência desse projecto deve ser “motivo de orgulho”.