A Agência Nacional e Recursos Minerais (ANRM) de Angola e a empresa canadiana Ivanhoe Mines, que explora as minas de cobre de Kamoa-Kakula, na República Democrática do Congo (RDC), assinaram esta Quinta-feira, em Luanda, um contrato para exploração do mineiro, no valor de 6 mil milhões de dólares.
Na ocasião, o ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, explicou que o contrato irá começar com a fase de prospecção de cobre nas províncias do Moxico e Cuando Cubango.
Por sua vez, falando os jornalistas à margem da 2ª edição da Conferência e Exposição Internacional de Mineração de Angola (AMC), que decorre sob o lema “Desenvolvimento de Recursos Minerais, Sustentabilidade e Desafios”, Marna Cloete, administradora executiva do grupo Ivanhoe Mines, fez saber que os 6 mil milhões de dólares serão investidos até ao final do ano.
Aprioridade nesta fase, disse , recai para a abertura dos escritórios da empresa que representa em Angola. “Depois dos estudos geológicos já feitos, vamos avançar para a área de exploração e de todo o processo que está ligado ao programa de investimento”, referiu.
Segundo Marna Cloete, Angola tem elementos sismológicos semelhantes ao da República Democrática do Congo. “Nós estivemos engajados nesta exploração durante três anos e tivemos várias discussões encorajadoras com as autoridades angolanas para investirmos neste território”, realçou.
Durante a 2ª edição da Conferência e Exposição Internacional de Mineração de Angola, foi também assinado um outro acordo entre o Instituto Geológico de Angola (IGEO) e o United States Geological Survey (USGS) dos Estados Unidos da América (EUA).
De acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o referido acordo irá permitir o IGEO “ter uma relação mais próxima com um instituto renomado e de bastante importância para a geologia no mundo”, contribuindo para a melhoria do sector mineiro no país.
No entanto, o embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, Tulinabo Mushingi, afirmou que a intenção é transformar Angola num fornecedor de recursos para a transição energética a nível mundial.
“Espero que a localização dos recursos minerais traga maior atracção para o investimento, diversificação de parceiros americanos nos variados sectores e benefícios que garantam melhorias das condições de vida dos povos angolanos e americanos”, augurou o diplomata norte-americano acreditado em Angola.