Já está em curso o processo de levantamento de soluções para que Angola e Cabo Verde viabilizem a cooperação entre as transportadoras áreas de bandeira dos dois países, respectivamente a Transportadora Aérea Angolana (TAAG) e Transportadora Aérea de Cabo Verde (TACV).
Do lado de Cabo de Verde, as linhas orientadoras do protocolo que deve levar a TACV a trabalhar lado a lado com angolana TAAG já seguiu para o parlamento, tendo merecido apreciações dos deputados, no debate semanal subordinado ao tema “O papel dos transportes na economia e na integração regional”.
Através do seu primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, Cabo Verde mostrou-se, esta Quarta-feira, 26, pronto a embarcar na iniciativa, que arranca agora com conversações entre os dois países e discussões nos respectivos parlamentos.
“Relativamente à parceria com Angola, nos transportes aéreos, é um processo que o Governo de Cabo Verde está a trabalhar com o Governo de Angola desde 2018. Iniciámos esse processo de conversações e esperamos que possamos encontrar as melhores soluções”, garantiu Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro cabo-verdiano.
O governante reconfirmou a saída do protocolo quando intervinha na Assembleia Nacional, na cidade de Praia, no habitual debate mensal no parlamento, onde também assegurou o interesse dos dois países na entrada em conjunto no mercado dos transportes aéreos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Ulisses recordou que a visita de José Maria Neves a Angola foi reforço desta pretensão. “Agora, na recente visita do Presidente da República [de Cabo Verde] a Angola, foi reafirmado este interesse dos dois países para, através de uma boa parceira entre a TAAG e a TACV, podermos encontrar boas soluções na entrada no mercado da CEDEAO, que é um mercado importante. E precisamos de um parceiro forte nesta área”, acentuou.
De acordo com o primeiro-ministro do arquipélago, as condições estão a ser trabalhadas para a parceria TAAG-TACV se concretize. Aliás, Ulisses Correia Silva revelou ainda que a mesma iniciativa poderá estender-se, mais tarde, para outros sectores, apontando como exemplo o dos transportes marítimos, para operação também na CEDEAO.
Em Novembro do ano passado, o primeiro-ministro de Cabo Verde já tinha admitido a possibilidade de a parceria entre as companhias aéreas de bandeira de ambos os países permitir a entrada no mercado da África Ocidental através de transporte low cost.
“Temos sobre a mesa várias alternativas, várias soluções, incluindo uma parceria para entrarmos no mercado da CEDEAO através de soluções de transporte low cost, talvez uma nova companhia que venha a nascer com a participação da TACV e a TAAG”, afirmou o chefe do Governo de Cabo Verde.
FONTE: Lusa