O Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2024, publicado pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), mostra que Angola avançou significativamente na luta contra a corrupção, destacando-se entre os países lusófonos.
O relatório revela que, apesar de um declínio global contínuo no desempenho democrático ao longo dos últimos oito anos, Angola, ao lado de Bulgária, Quénia e Maldivas, foi reconhecida por seus progressos na redução da corrupção. Contudo, o país manteve-se em 121.º lugar na classificação de Representação política, subindo um lugar em Direitos civis e Estado de Direito, e três em Participação política e civil, alcançando o 134.º lugar.
O Brasil também é notável no relatório, evidenciando avanços apesar da turbulência das eleições presidenciais de 2022. A nação sul-americana melhorou em todos os quatro parâmetros avaliados, subindo para a 4.ª posição em Participação política e civil entre 173 países.
Moçambique e Senegal têm atraído atenção devido ao surgimento de uma nova geração de líderes políticos. No entanto, Moçambique registou alguma deterioração, caindo em vários parâmetros, enquanto Cabo Verde e Portugal enfrentaram retrocessos na eficácia parlamentar.
Timor-Leste e a Guiné-Bissau destacaram-se por progressos gerais, com Timor-Leste a atingir melhorias significativas em Representação e Participação política, e a Guiné-Bissau a subir em todos os critérios avaliados. A Guiné Equatorial também observou melhorias, embora com avanços mais modestos.
O Relatório Global sobre o Estado da Democracia, produzido anualmente pela International IDEA, é um reflexo das tendências democráticas globais, e 2023 marca o oitavo ano consecutivo de declínio no desempenho democrático global.