Angola cria 110 mil empregos no primeiro semestre de 2024

O director nacional do Trabalho angolano, António Estote, anunciou a criação de mais de 110 mil empregos no primeiro semestre deste ano, representando um aumento de 25% em comparação com o mesmo período de 2023. Estote destacou que, em relação ao segundo semestre de 2023, houve um incremento de 16% na criação de empregos. Os…
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O país criou mais de 110 mil empregos no Iº semestre de 2024, aumento de 25% face ao mesmo período de 2023. Os sectores dos serviços coletivos, comércio, construção e imobiliário lideram o crescimento
Economia

O director nacional do Trabalho angolano, António Estote, anunciou a criação de mais de 110 mil empregos no primeiro semestre deste ano, representando um aumento de 25% em comparação com o mesmo período de 2023.

Estote destacou que, em relação ao segundo semestre de 2023, houve um incremento de 16% na criação de empregos. Os sectores que mais contribuíram para este aumento foram os serviços colectivos sociais pessoais (29%), o comércio (15%), a construção (10%) e as actividades imobiliárias (10%).

Durante a sua intervenção, o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, considerou “desafiante” a actual taxa de desemprego em Angola, que ultrapassou os 32% no primeiro trimestre deste ano. Filipe sublinhou que a preocupação com o emprego continua a ser uma prioridade para o Governo, destacando que a melhoria deste quadro depende em grande parte da saúde da economia angolana.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 32,4% no primeiro trimestre, sendo mais elevada para as mulheres (33,4%) do que para os homens (31,4%).

Apesar de a taxa de desemprego ser ainda elevada, Filipe observou que esta está em linha com os índices gerais observados nos países da região austral e do continente africano em geral. O ministério tem implementado várias medidas alinhadas à agenda nacional do emprego para fomentar a empregabilidade. Uma das iniciativas é o arranque do Fundo Nacional do Emprego (Funea), aprovado em Maio de 2023, que está marcado para começar a 6 de Agosto próximo.

O Funea será capitalizado com 27 mil milhões de kwanzas (28,5 milhões de euros), sendo 21 mil milhões de kwanzas (22,1 milhões de euros) provenientes do Orçamento Geral do Estado e seis mil milhões de kwanzas (6,3 milhões de euros) disponibilizados pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Na primeira fase, está previsto o desembolso de 10 mil milhões de kwanzas (10,5 milhões de euros).

“A nossa expectativa é que este instrumento dinamize o processo de formação profissional, empreendedorismo e fomento ao emprego,” destacou Pedro Filipe, acrescentando que os dados económicos do primeiro trimestre são animadores. “O país cresceu na ordem dos 4,6% e os dados preliminares do segundo trimestre também são muito positivos. Com o crescimento da economia, mais empresas poderão empregar e absorver mão-de-obra, trazendo maior dinamismo à nossa economia e facilitando a abordagem à redução da taxa de desemprego, que ainda é muito elevada,” concluiu.

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