O Governo de Angola está a trabalhar na implementação da bolsa de diamantes do país, com vista a melhorar a comercialização do mineiro e aumentar a arrecadação de receitas, reiterou esta semana o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Diamantino Azevedo, que falava após empossar os novos Conselhos de Administração da Empresa de Diamantes de Angola (ENDIAMA) e da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM), nomeados recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, referiu que neste momento decorrem acções na infra-estrutura que irá acomodar provisoriamente a bolsa, enquanto se constrói as instalações definitivas para a empresa.
Objectivo, assegurou o governante, é começar a fase experimental neste mandato e, possivelmente, no final passar para o processo de instalação definitiva para que a bolsa possa funcionar normalmente.
O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás explicou que a bolsa tem componentes técnicas muito importantes, como a questão do equipamento para acidificação dos diamantes, software para realização dos leilões e outros procedimentos de comercialização, bem como de formação em avaliação em gemologia.
“Esse processo está todo em curso e assim que estivermos bastante avançados iremos dar atenção à institucionalização da bolsa e da sua aprovação pelo Executivo, a que se seguirá a sua fase experimental”, assegurou.
De acordo com o governante, as metas de produção de diamantes que farão parte do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, a continuidade da instalação de fábricas de lapidação no Polo de Desenvolvimento de Saurimo e a formação de jovens angolanos, são alguns dos grandes desafios do governo angolano.
No acto de empossamento, José Manuel Ganga Júnior, reconduzido no cargo de presidente do Conselho de Administração da ENDIAMA, prometeu dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, como resultado de um conjunto de orientações do Executivo, no sentido de alterar o paradigma da empresa, fundamentalmente.
“Neste momento, já podemos dizer que temos uma ENDIAMA diferente do que era, na medida em que lançamos os nossos especialistas no campo. Hoje já temos operações própria de mineração, outras tarefas ainda estão em curso e nós pensamos que no fim deste mandato devemos ter uma empresa mais consolidada no domínio da produção, comercialização e ampliação da cadeia de valor”, apontou.
Já o também reconduzido presidente do Conselho de Administração da SODIAM, Eugénio Bravo da Rosa, falou igualmente em “sinais de alinhamento aos objectivos traçados pelo Governo”, destacando o aumento da capacidade de lapidação a nível do país para contribuir com maior valor acrescentado em termos de transformação dos diamantes brutos.