A República de Angola celebra, hoje, 4 de Fevereiro, 61 anos do início da luta armada de libertação nacional, em acto a realizar-se na província da Lunda Sul.de acordo com uma agenda da Casa Militar do Presidente da República angolano, João Manuel Lourenço.
Para marcar a efeméride, estão previstas várias inaugurações, palestras, actos políticos, além de debates abertos em várias estações televisivas e radiofónicas da indústria de media angolana.
Citados pela Rádio Nacional de Angola, historiadores e lideres religiosos recordam que que o 4 de Fevereiro de 1961 criou premissas que hoje se reflectem na melhoria da vida da população angolana.
De acordo com a cronologia dos factos recolhidos pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos ameaçados de morte.
Em resposta ao ataque, o regime colonial-fascista reagiu brutalmente com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias. Aliás, e como atesta um texto da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, essas prisões e assassinatos de pessoas indefesas levou alguns nacionalistas a organizarem-se para a luta de libertação.
Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).