A República de Angola celebra esta Quinta-feira, 11 de Novembro, o 46º aniversário da sua independência, num ano em que a economia do país não deve crescer mais do que 0,1%, contrariamente aos 0,4% inicialmente previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Isto numa altura em que as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) já deslizaram 2,3% no espaço de mais de dois meses.
De acordo com as previsões económicas mundiais do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas no mês passado, em Washington, o país caminha assim para a sexta recessão económica consecutiva, uma marcha de empobrecimento nacional iniciado em 2016.
Com o FMI a piorar as previsões de crescimento da economia angolana, ganha forma a consolidação da sexta recessão consecutiva de um país cujas estimativas oficiais do Governo apontavam para uma ligeira subida de 0,0%.
Às previsões de baixa do Produto Interno Bruto (PIB) do país indicadas pelo Fundo Monetário Internacional em Outubro, foram antecipadas por outras previsões de queda da riqueza de outros dois organismos de peso mundial e um Centro de Estudos, nomeadamente o Banco Mundial, a Economist Intelligence Unit e o Centro de Estudo e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC). Ou seja, em todos os cenários e pontos de vista, a riqueza angolana cai.
A agravar o quadro das estatísticas financeiras e económicas do país no mês da sua independência estão as RIL, que, num espaço de pouco menos de 60 dias, ou seja, de 31 de Agosto a 09 de Novembro, caíram 2,3%, ao saírem dos 9.887,45 milhões de dólares, para apenas 9.657,82 milhões de dólares.
De acordo com o mapa de evolução das reservas internacionais disponíveis no website do Banco Nacional de Angola, os actuais 9.657,82 milhões de dólares servem para cobrir pouco mais de 11 meses de importações de bens.
Neste dia da independência, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, citado na página de uma rede social do Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), considera que o “11 de Novembro promove reflexões sobre os enormes sacrifícios consentidos pelo povo, na conquista do bem maior da Nação, a independência nacional”.