Um envelope financeiro de 37,4 milhões de dólares é quanto a Sonangol encaixou com a privatização de 13 activos, em 2021, de acordo com um balanço da petrolífera estatal angolana, apresentado na manhã desta Sexta-feira, 25, em Luanda.
Na ocasião, o chairman do organismo, Sebastião Martins, lembrou que a empresa continua a preparar, sem pressa, a dispersão em bolsa de até 30% do seu capital.
A divulgação dos números da companhia esta Sexta-feira coincidiu com seu o 46.º aniversário. Para Sebastião Martins, a Sonangol acumula 18 activos alienados (total ou parcialmente), desde o início do Programa de Privatizações (PROPRIV) com um encaixe financeiro total de 84 milhões de dólares.
Actualmente, estão em fase de avaliação e preparação mais 13 activos, tendo sido abertos concursos para os hotéis Suíte Maianga, Florença, Rio Mar e Hotel de Convenções de Talatona na modalidade de cessão do direito de exploração e gestão.
O gestor destacou ainda, entre as acções desenvolvidas no ano passado, a revitalização da Sonair (empresa de aviação), “que agora está a dar apoio em algumas operações offshore” e a renovação do contrato da Sonils (subsidiária ligada à logística) com o porto de Luanda.
“Deixem-nos trabalhar, deixem-nos preparar a empresa para que ela esteja realmente em condições”, apelou Gaspar Martins.
No quadro dos objectivos da petrolífera, Sebastião Martins reiterou que a multinacional angolana continua com o propósito de vender até 30% do seu capital em bolsa, “pelo que prossegue o seu processo de optimização”, que começou com a separação da função concessionária da actividade empresarial.
“Isso foi o início. Esta empresa está a caminhar na preparação para ir para a bolsa”, afirmou, sublinhando ser necessário assegurar, no entanto, que a empresa “está completamente limpa” para que as pessoas possam comprar as acções.
Para o gestor, há uma pressão para privatizar esses activos, mas, para o próprio, “todo o mundo sabe que há situações que precisam de ser resolvidas primeiro e é o que nós estamos a fazer”.
O presidente da Sonangol assumiu também que a estimativa de encaixe financeiro em torno dos 6 mil milhões de euros, apresentada no ano passado, deve ser reavaliada, tendo em conta os preços do petróleo e a disponibilidade das reservas.
“Há uma melhoria do mercado (…) isto vai implicar provavelmente uma valorização diferente das nossas reservas, daí que estamos a trabalhar na reavaliação contínua e quando chegar o momento, vamos poder partilhar [a expetativa de valor]”, declarou.