A obra literária “Líbano, Labirinto”, da escritora e jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho venceu a 19.ª edição do Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, criado no Brasil e que anualmente distingue obras publicadas em língua portuguesa.
Foi a primeira vez que um livro de não-ficção foi escolhido para o prémio máximo pelo júri da fase final, que também distinguiu os romances “Museu da Revolução”, do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, e “O som do rugido da onça”, da brasileira Micheliny Verunschk, que ficaram com o segundo e terceiro lugar, respectivamente.
O curador do Oceanos para o Brasil, Manuel da Costa Pinto, sublinhou que Alexandra Lucas Coelho, em “Líbano, Labirinto”, usa a crónica para alinhavar histórias individuais e colectivas no Líbano, um país tão ancestral quanto sacrificado por conflitos.
Com cerca de 500 páginas e 350 fotografias a cores, “Líbano, Labirinto”, lançado em 2021 em Portugal pela editora Caminho, centra-se em dois grandes acontecimentos que mudaram a vida recente do Líbano, a revolução de 2019, em plena derrocada económica, e a explosão de 2020, no porto de Beirute, uma das maiores detonações não atómicas de que há registo no planeta.
O valor total do prémio, avança a Lusa, é de 250 mil reais (cerca de 45,3 mil euros na cotação actual), sendo 120 mil reais (21,8 mil euros) destinados ao vencedor do primeiro lugar, 80 mil para o segundo (14,5 mil euros) e 50 mil para o terceiro (nove mil euros).