A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (Aipex), aprovou desde 2018 até ao mês de Outubro deste ano 535 projectos de investimento privado avaliados em mais de 10 mil milhões de dólares.
Os números foram avançados pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da instituição, António Henriques da Silva, a margem da “Mesa-redonda do Desenvolvimento Angolano”, organizada nesta Quinta-feira, 24, em Luanda, pela The Business Year (TBY), tendo referido que “ainda há espaço para progressão”.
“Se o somatório dos 5 anos, leva-nos até Outubro deste [2022] a 535 projectos e a um montante global de 10 mil milhões e 778 milhões de dólares, nós ainda temos muito espaço para a progressão, e achamos que devemos continuar com a consistência das nossas acções e com a implementação de projectos que possam ajudar-nos a reduzir as assimetrias regionais”, assegurou o gestor.
No primeiro ano de implementação da “Lei do Investimento Privado” (2018), segundo António Henriques da Silva, foram aprovados 70 projectos, no ano seguinte, 2019, o número subiu para 168, enquanto em 2020 e 2021, com as dificuldades provocadas pela pandemia da covid-19, a Aipex deu “luz verde” apenas para 106 e 100 investimentos, respectivamente. Neste ano, até ao mês de Outubro, foram já autorizados 91.
Com 217 iniciativas privadas, o que representa cerca de 40% do total de 535 aprovadas em cinco anos, a indústria é o sector com mais projectos de investimento registados. A agricultura, serviços, pescas, infraestruturas e saúde são as outras áreas que têm atraído a atenção dos investidores.
Para o PCA da Aipex, estes dados “resultam da melhoria do ambiente de negócio e da consistência que estas melhorias têm estado a traduzir a confiança necessária que deve ser transmitida aos investidores”.
Nestes cinco anos foi ainda registado o aumento do número dos países de onde são provenientes os investimentos, que saiu de 7 em 2018 para 51 em 2022, adiantou o responsável, referindo que “só por aí já notamos que há um alargamento da base de interesse de se investir em Angola muito além do número inicial”.