A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) lamentou nesta Segunda-feira que alguns países, incluindo Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, impeçam o repatriamento de receitas das transportadoras, num valor que totaliza 1,6 mil milhões de euros à escala mundial.
Segundo as regras internacionais aplicáveis no sector da aeronáutica civil, é necessária autorização do governo de um país para que uma companhia aérea que tenha vendido bilhetes nesse país possa converter o dinheiro em moeda estrangeira e, assim, recuperar as somas.
No entanto, de acordo com uma declaração feita no final de Outubro pela Associação Internacional dos Transportes Aéreos, que tem 340 membros que representam mais de 80% do tráfego aéreo mundial, “cerca de mil milhões de dólares pertencentes a companhias aéreas estão em países africanos”.
A IATA diz que 235 milhões de dólares estão bloqueados na zona do franco CFA da África Central (Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana e Chade) e 73 milhões de dólares na zona do franco CFA da África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo).
Estes fundos, diz a Lusa, totalizaram 193 milhões de dólares na Argélia, 127 milhões de dólares em Moçambique, 80 milhões de dólares em Angola e 75 milhões de dólares na Eritreia.