O sector agrícola angolano registou no ano passado um crescimento da sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do país, com uma contribuição de 6,3%, superior aos 5,1% de 2019, segundo revelou o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério da Agricultura e Florestas, Anderson Jerónimo,.
Segundo o responsável, que falava durante o seminário para os jornalistas de economia no domínio da agricultura, promovido nesta Sexta-feira pela AJECO – Associação de Jornalistas Económicos de Angola, em termos de contribuição, o sector das pescas também registou em 2020 uma maior participação, representando 2,7% do PIB, quando no ano anterior a sua quota tinha sido de 2,4%.
Dados estatístico apontam que os sectores da agricultura, pecuária, florestas, caça e pesca estão entre os que mais empregam em Angola, representando actualmente 53% dos empregados, o que equivale a 5,3 milhões de pessoas. O especialista, que dissertação sobre o tema a “Estratégia do Sector da Agricultura e Pescas para os Próximos Anos”, no meio rural a taxa de empregabilidade desses sectores é de cerca de 93%.
A produção agropecuária e pesca familiar, entretanto, continua a enfrentar sérios desafios para o seu desenvolvimento, entre os quais o acesso seguro e equitativo a terra, água, pouca cobertura geral de assistência técnica, facilidades de crédito, reduzido conhecimento, bem como a falta de disponibilidade de factores de produção e artefactos de pesca a preços competitivos.
Por isso, dada a relevância que estes sectores têm na vida económica e social do país, o Governo, explica Anderson Jerónimo, pretende reforça-los, através da criação de infra-estruturas, assistência técnica e capacidade institucional, por formas a garantir a diminuição dos índices de desemprego, assim como a redução do número de empregos precários.