A China vai continuar a ser o maior parceiro comercial da África subsaariana, mas a aposta será feita em projectos mais pequenos, nas áreas da agricultura e das infra-estruturas digitais, considera Fitch Solutions.
Os analistas da consultora dizem acreditar que o investimento da China continental na África subsaariana vai continuar significativo nos próximos anos, salientando que apesar de a China continuar a ser um parceiro fundamental para a maior parte dos países africanos, a natureza do investimento no continente vai mudar.
De acordo com a Fitch Solutions, citada pela Lusa, uma das novas áreas prioritárias será a agricultura. “A África subsaariana, onde a agricultura, florestas e pescas representa quase 20% do PIB, é um destino atrativo para o investimento da China, um país fortemente dependente de importação de alimentos e que procura aumentar a segurança alimentar, através da diversificação”, lê-se no relatório.
Numa análise ao investimento da China no continente, enviada aos investidores, a Fitch Solutions escreve que “as recentes promessas dos líderes do G7 apontam investimento de 200 mil milhões de dólares dos Estados Unidos e 300 mil milhões de euros da União Europeia contrastam com os 709 mil milhões de dólares já em utilização, ao abrigo da iniciativa chinesa da nova Rota da Seda”.
A Fitch Solutions lembra que as instituições financeiras chinesas representaram 71,9% do total de financiamento às infra-estruturas da região, entre 2007 e 2020, o que compara com um financiamento de 5,9% dos Estados Unidos e 7,5% do Japão no mesmo período.