O continente africano está na “zona vermelha” no que diz respeito à pirataria de redes e informações, segundo o representante da Number Resource Society (NRS), Paul Binam.
“É uma situação crítica. Os casos acontecem mais nas empresas de telecomunicações, porque são provedores de internet”, disse o responsável, durante a 1ª edição da Conferência de Informação e Intercâmbio sobre boa Governança da Internet, realizada nesta Terça-feira, em Luanda.
Para que o continente saia desta zona vermelha, apontou, é preciso que haja pessoas honestas a nível do sector das tenologias e capazes de implementar boas políticas e sistemas de segurança para endereço IP (identificador que permite que as informações sejam enviadas entre dispositivos em uma rede).
“Ainda há muita coisa por se fazer, quando se fala de internet, o investimento ainda não é suficiente. É preciso investir muito na formação”, frisou.
Países africanos mais vulneráveis às ameaças cibernéticas
Descobertas recentes da Check Point Software Technologies lançam luz sobre os 10 principais países africanos mais suscetíveis a ameaças cibernéticas, particularmente através do uso de Trojans de Acesso Remoto (RAT).
De acordo com o relatório, centrado no mês de Outubro de 2023, as ameaças cibernéticas em África têm sido particularmente graves em países como a Etiópia (4º no ranking global), as Maurícias (6º), a Nigéria (11º), Marrocos (15º), o Uganda (22º), Quénia (25º), Angola (27º), Zâmbia (28º), Gana (30º) e a África do Sul (55º).
O relatório destaca ainda o alcance crescente do sofisticado RAT AgentTesla, impulsionado por uma nova e complexa campanha de spam usando anexos de e-mail corrompidos, com as ameaças cibernéticas dirigidas a agências e organizações governamentais a registarem aumento significativo.
A Number Resource Society é uma organização global sem fins lucrativos que faz campanha, capacita e apoia empresas para que possuam os elementos fundamentais de seus negócios de PI.