Um total de 2 mil milhões de dólares é o valor que Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank) disponibilizou à Johnson & Johnson, para aquisição de 400 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 daquela farmacêutica americana, distinadas aos os países africano.
As vacinas devem chegar ainda este mês de Agosto aos distinatários, como resultado de uma parceria estabelecida entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o mecanismo de Aquisição de Vacinas da União Africana (Avat), com o propósito de melhorar a compra e distribuição de imunizantes na região.
A parceria, estabelecida recentemente, vai ajudar a mitigar o impacto da pandemia na região, que conta actualmente com apenas 2% das pessoas totalmente vacinadas.
A secretária-executiva da Comissão Económica da ONU para a África, Vera Songwe, diz acreditar que a cooperação entre os dois organismos [Unicef e Avat] poderá aumentar a aquisição e o fabrico dentro do continente [africano], como parte de uma estratégia mais ampla de sistemas de saúde sustentáveis, e criar emprego.
Numa publicação consultada pela FORBES no website da ONU, a responsável considera que a parceria vai servir também para aprofundar a colaboração, abrir caminho para uma mais robusta resposta à pandemia e levar o continente à recuperação. “Espera-se ainda que a nova colaboração ajude a fortalecer os sistemas de saúde e apoiar o sector manufatureiro para a criação de empregos”, ressalta.
Estabelecida por líderes africanos, a Avat lidera os esforços de acesso justo, equitativo e da distribuição de vacinas. A iniciativa negociou a aquisição de imunizantes com farmacêuticas para vacinar, pelo menos, 60% da população do continente africano até 2022, alcançando a chamada “imunidade de rebanho”.
Desde o início da pandemia, o Centro de Controle e prevenção de Doenças da África (CDC), trabalha com o mecanismo Covax para garantir um acesso justo das vacinas aos países africanos. Com a terceira onda a atingir o continente, o momento revela-se crítico e o CDC estima que a vacinação generalizada é mais urgente do que nunca.
Recorde-se que, há três meses, o Banco Africano de Importação e Exportação havia já colocado ao dispor da Johnson & Johnson 30 milhões de dólares das nações que integram a União Africana.