Um dos príncipes da diáspora portuguesa, que tanto brilham além-fronteiras. Miguel Patrício, português de Mação, do concelho de Santarém, brasileiro por adopção, cidadão do mundo com olho para os desejos e anseios das pessoas, está hoje à frente da Kraft Heinz, uma multinacional icónica de 35 mil milhões de euros, que precisa de um novo elã. Foi de pequeno para o Brasil, mas os hábitos antigos não morrem. Continua a acompanhar as notícias de Portugal, vem ao país com frequência, onde tem a sua família próxima, e segue de perto o clube da Luz. “Sou benfiquista de coração. Leio A Bola todos os dias juntamente com o Wall Street Journal e o Financial Times, as minhas três mais importantes leituras”, afiança à FORBES, numa conversa por Skype às primeiras horas da manhã de Chicago, onde se localiza a sede da empresa norte-americana de bens de consumo, que Miguel lidera desde Julho do ano passado.
O futuro faz-se na Kraft Heinz, uma das empresas de Warren Buffett, que desespera por colocar um ponto final na sangria de resultados que tem vivido desde 2017.
Num percurso que incluiu a Johnson & Johnson, a Coca-Cola, a Phillip Morris e, acima de todas em termos de importância pessoal, a cervejeira Anheuser Busch-InBev (AB Inbev), chegar à liderança da Kraft Heinz não é coisa pouca. Falamos da quinta maior empresa de alimentos e bebidas do mundo que factura anualmente 20 mil milhões de euros pelos quatro cantos do globo, e que conta como principais investidores a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e com a holding de investimento de origem brasileira 3G Capital – parceira usual dos investimentos do oráculo de Omaha.
Miguel Patrício carrega no passaporte a nacionalidade portuguesa, mais foi por terras de Vera Cruz que arrancou para uma carreira meteórica. Agora, o futuro faz-se na Kraft Heinz, uma das empresas de Warren Buffett, que desespera por colocar um ponto final na sangria de resultados que tem vivido desde 2017. Um perfil a não perder na FORBES de Fevereiro.