No rescaldo do Fórum Mundial do Turismo e a caminho do seu segundo ano a liderar a pasta do Turismo, Maria Ângela Bragança, ex-diplomata, partilha, em entrevista à FORBES, a sua visão sobre um sector que o próprio Presidente da República verbalizou por diversas vezes como fundamental para a diversificação da economia nacional.
Se muito falta ainda operacionalizar, há contudo um caminho concreto delineado, assegura, apontando, por exemplo, as aldeias turísticas em que será possível pernoitar por dentro da cultura e costumes das populações ao longo das províncias, aportando o valor económico deixado pelos nacionais e também pelos turistas que vierem de outras paragens. Sete dos potenciais sucessos naturais do país estão patentes na iniciativa 7 Maravilhas de Angola, ela própria uma prova do terreno cerrado que é necessário desbravar. Ao contrário do que se possa pensar, o projecto está na posse de um privado, e o Estado só o poderá utilizar se ressarcir esse promotor.
Os vistos a cidadãos estrangeiros e quão elevado é o seu preço, e a deficiente promoção de Angola no exterior são dificuldades, mas o cenário deixado pela governante é de esperança. É para esse sentido que aponta com a menção ao desenvolvimento das infra-estruturas em jóias naturais como o Okavango e a indicação de que as cadeias internacionais podem estar interessadas na gestão de unidades hoteleiras angolanas.
A ministra frisa ainda, numa comparação com a outra edição do Fórum Mundial do Turismo ocorrida em África, que o Gana beneficiou bastante da presença deste fórum, algo a que os angolanos também podem ansiar.