Economista e relevante empresário na prestação de serviços ao sector petrolífero em Angola, que conhece praticamente desde a Independência, Arnaldo de Carvalho é uma voz não só avalizada como incontornável neste sector. Em entrevista à FORBES, publicada na edição dupla de Abril/Maio, o criador do primeiro contrato de promoção de áreas de exploração em Angola abre o livro para dizer o que deve ser feito – e sobretudo o que ainda pode ser executado em tempo útil – para que o sector dos petróleos tenha uma relevância na economia nacional que supera as simples receitas para o Orçamento do Estado.
Admitindo que “o ambiente internacional não é fácil”, desde logo pela “campanha muito grande para que se reduza o consumo de combustíveis fósseis”, o economista considera inevitável a redução do consumo, factor que pressionará ainda mais em baixa as contas nacionais. Nesta entrevista, realizada dias antes da derrocada do preço do petróleo motivada pelo braço de ferro entre a Arábia Saudita e a Rússia, Lago de Carvalho já apontava para o preço do petróleo como sendo baixo para justificar novos trabalhos de exploração, cenário que pressionará ainda mais em baixa a produção nacional.
Nesta entrevista, a ler na edição de Abril/Maio da Forbes Angola, o especialista de 72 anos analisa ainda a situação social do país, onde, acentua, “temos hoje pessoas que passam um dia inteiro sem comer ou que comem apenas uma vez por dia, não conseguem ter os filhos na escola e se ficam doentes é um Deus que nos acuda”.