Um acordo de financiamento de 4,8 milhões de euros foi rubricado esta Terça-feira, 09, entre a delegação da União Europeia (UE) em Angola e a International Finance Corporation (IFC) para África, com vista a impulsionar actividade empresarial de pequenos investidores em início de carreira.
De acordo com a estratégia da iniciativa, que integra outros países africanos, a componente deste programa regional para Angola contará com 4,8 milhões de euros e tem como mote o apoio ao empreendedorismo, durante cinco anos, nomeadamente duas incubadoras de negócio relacionadas com os sectores das finanças e tecnologia bem como sector agro-industrial.
Assinaram o memorando de implementação do projecto de apoio às incubadoras e ao empreendedorismo Jeannette Seppen, embaixadora da UE em Angola, e Sérgio Pimenta, vice-presidente da IFC para África, na presença de entidades angolanas.
Na ocasião, Jeannette Seppen considerou que a parceria entre as instituições “vai capacitar incubadoras de empresas inovadoras e contribuir para a criação de empregos sustentáveis em Angola”.
Segundo os promotores da iniciativa, o programa insere-se numa das prioridades da cooperação da UE em Angola e o governo do país de apoio à diversificação da economia local, em particular ao apoio ao empreendedorismo e à criação de micro, pequenas e médias empresas.
“O objetivo deste programa é preservar os meios de subsistência e promover a criação de empregos inclusivos, que garantam empregos produtivos e o directo a um padrão de vida adequado e trabalho decente, com forte enfoque nas mulheres e jovens empresários”, afirmou a diplomata Jeannette Seppen.
Assim, com a implementação deste projecto, espera-se que as incubadoras angolanas possam expandir progressivamente, no futuro, através de um maior ênfase na capacitação concreta, partilha de conhecimento e de actividades de transferência de inovação, conforme as projecções dos promotores.
Por sua vez, Sérgio Pimenta asseverou que a economia angolana necessita de diversificação. Para o responsável, a diversificação deve estar focada no apoia às empresas mais pequenas, sobretudo versadas à economia digital para criarem mais empregos.
“Este acordo assinado hoje (Quarta-feira, dia 9) vai permitir desenvolver e pôr em prática um programa com três eixos, todos focados no desenvolvimento da pequena empresa em Angola, sobretudo em relação à economia digital, desenvolvimento agrícola, entre outros”, sublinhou Pimenta.
Do lado angolano, o administrador do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Bráulio Augusto, enalteceu o acordo assinado, tendo considerado que se trata de “um marco importante que deve desenvolver acções duradouras para dignificar a veia empreendedora dos angolanos”.