O grupo francês Vinci assumiu oficialmente a gestão dos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde em julho, conforme o contrato de concessão celebrado com o Governo no ano passado. O contrato tem a duração de 40 anos e compreende a gestão de todos os aeroportos e aeródromos de Cabo Verde.
Nicolas Notebaert, presidente da Vinci Airports, na sua primeira visita à cidade da Praia após a concessão, apresentou os planos de investimento da empresa, com vista à sustentabilidade e modernização, para já, das 7 infraestruturas portuárias nacionais.
“Já lançámos as primeiras empreitadas, que correspondem a um investimento de 80 milhões de euros para aplicar em reforço da segurança, melhoria dos sistemas de pistas e dos terminais”, afirma Nicolas Notebaert.
O presidente da Vinci está “optimista em relação a este novo momento” e diz que Cabo Verde tem todas as condições para uma concessão a longo prazo, sustentável e geradora de receita. Nicolas garantiu ainda que não haverá despedimentos nas atuais estruturas herdadas da anterior gestão, a cargo da ASA (Aeroportos e Segurança Aérea), pelo que os postos de trabalho dos 300 trabalhadores dos aeroportos de Cabo Verde são para manter.
A Vinci passa assim a incluir Cabo Verde na lista dos 72 aeroportos que gere em 25 países, com o objetivo de expandir e modernizar o negócio aeroportuário nacional. A concessão, a 40 anos, representa um investimento na ordem dos 928 milhões de euros, dos quais 80 milhões são pagos como comissão de entrada, em duas tranches, 35 milhões (já liquidados) e os restantes 45 até ao primeiro trimestre de 2025.
O novo grupo concessionário dos aeroportos de Cabo Verde terá ainda de pagar anualmente uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, e que aumenta até aos 7% nos últimos 10.