130 mil alunos do ensino pré escolar, básico e secundário e 7500 professores regressam hoje às aulas em Cabo Verde para o começo do ano lectivo.
O novo ano inicia-se com várias reivindicações em cima da mesa, que já vêm desde o ano passado, com a classe docente a pedir a requalificação de carreiras, aumento de salários e compensação de horas. Factos que motivaram várias greves ao longo do ano e o vários atrasos no lançamento das notas finais.
O conflito subiu de tom após o veto presidencial de José Maria Neves ao decreto-lei do Governo para o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações do pessoal docente. O Presidente da República de Cabo Verde devolveu o diploma ao Parlamento por constatar nele que “questões fraturantes que têm suscitado grande onda de descontentamento e conflitualidade social com os sindicatos dos professores, objecto de sucessivas greves, não se encontram razoavelmente acomodadas no referido diploma”.
O Governo já anunciou que está a rever o documento para submetê-lo à aprovação dos deputados.
O novo ano lectivo prevê a continuação da reforma curricular do ensino secundário onde se pretende dar ênfase ao ensino de línguas, matemática, ciências e tecnologias. Será também introduzido um novo programa curricular no 12º ano e novos manuais escolares no 10º ano, que no entanto só vão estar disponíveis a partir de dezembro.
A “rentrée” escolar fica também marcada pelo novo subsídio aprovado pelo Governo de Cabo Verde para apoiar as famílias nas despesas inerentes ao regresso às aulas. O subsídio vai beneficiar todas as crianças e jovens em idade escolar e pré escolar, dos 4 aos 18 anos, com um valor único que varia entre os 22 e os 36 euros por cada aluno.